sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cerimônias de Lançamento do Livro PROJETANDO PRODUTOS SOCIAIS

O lançamento do livro PROJETANDO PRODUTOS SOCIAIS, da autoria de Danilo Émmerson Nascimento Silva, publicado pela Editora Universitária da UFPE, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e do Centro Acadêmico do Agreste, ocorreu em dois momentos distintos:

a) O primeiro momento foi no dia 24 de novembro, no Centro Acadêmico do Agreste, situado na cidade de Caruaru, pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, onde o autor atua como docente do curso de Design;








b) O segundo momento foi no dia 01 de dezembro, no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, em Recife. O autor optou por fazer o evento no CAC uma vez que estudou e se graduou por lá, em Desenho Industrial/Projeto de Produto, no período compreendido entre 1989 e 1993.



Em ambos os eventos estiveram presentes acadêmicos, docentes, coordenadores de curso, a representação da Direção do CAA e do CAC além da representação da Coordenação de Extensão e da Pró-Reitoria de Extensão.

Inicialmente, as autoridades fizeram suas considerações. Em seguida, o autor fez uma explanação do livro acompanhada de uma breve palestra sobre as questões projetuais com abordagem social, dando continuidade com avisos sobre as formas de aquisição do exemplar e, finalizando, com a sessão de autógrafos.

domingo, 29 de novembro de 2009

III Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade



Entre o período de 10 a 13 de novembro de 2009 aconteceu, em Curitiba, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o III Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade. O evento teve diversas mesas temáticas, mini-cursos e sessões técnicas contando com a apresentação de inúmeros artigos científicos relativos à ciência, tecnologia e sociedade. Observou-se a presença de participantes das diversas regiões do país, além de representantes de países vizinhos latino-americanos.

A minha inscrição no evento se deu efetivamente na participação de um mini-curso de oito horas intitulado TECNOLOGIA SOCIAL: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL e na apresentação do artigo científico intitulado PROJETANDO PRODUTOS SOCIAIS: A DESCRIÇÃO DE UMA METODOLOGIA DE TRABALHO NO COMPONENTE CURRICULAR PROJETUAL EM CURSOS DE DESIGN.



Durante o evento estive freqüentando às diversas mesas temáticas e assistindo a apresentação de diversos grupos temáticos de interesse particular.

Este evento vem demonstrando um espaço de grande importância para discussão e reflexão dos diversos problemas sociais e o que a ciência e a tecnologia pode fazer e, tem feito, para amenizar e solucionar tais problemas.

Para outras informações o sítio do evento é http://www.ppgte.ct.utfpr.edu.br/tecsoc2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Datas de lançamento do livro PROJETANDO PRODUTOS SOCIAIS

O livro PROJETANDO PRODUTOS SOCIAIS, de autoria do professor Danilo Émmerson do Nascimento Silva, será lançado, inicialmente, em 24 de novembro de 2009, às 14:00 horas, no Centro Acadêmico do Agreste, da Universidade Federal de Pernambuco, situado na cidade de Caruaru, estado de Pernambuco.





A segunda data de lançamento será no dia 01 de dezembro de 2009, às 14:00 horas, no Mini-auditório 2 do Centro de Artes e Comunicação da UFPE, em Recife. A escolha do referido Centro (CAC) se deu pelo motivo do autor ter sido estudante de Desenho Industrial da UFPE durante o período de 1989 a 1993.





Posteriormente, neste blog, o autor divulgará informações a respeito de formas de aquisição, procedimentos e o valor do livro.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A inovação durante o curso preparatório para a prova do ENADE 2009

O Curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco, lotado no Centro Acadêmico do Agreste, em Caruaru, Pernambuco realizou do período compreendido de dezenove de outubro a seis de novembro de 2009 um curso preparatório para a prova do ENADE 2009, denominado de Curso de Atualização em Design. A partir da última prova do ENADE, realizada em 2006, foi feito um levantamento dos assuntos abordados nas questões e dividiu-se o curso em módulos de maneira que cada um contemplasse quatro horas e fosse ministrado por um docente do referido quadro. Os módulos ocorreram sempre durante as tardes e foram os seguintes:

- Processo Produtivo;
- Metodologia de Projeto;
- Representação Tridimensional;
- HCI;
- Sustentabilidade;
- Funções dos produtos;
- Inovação;
- Cores;
- Linguagem Gráfica;
- Design Corporativo;
- História do Design;
- Gestalt.

Coube a mim a temática INOVAÇÃO. Esclarecendo a dificuldade de abordar as temáticas em apenas quatro horas, pois podem constituir disciplinas que ocupam um ou mais de um semestre letivo, tivemos que restringir bastante os conteúdos abordados.

Tratar de inovação implica em estabelecer relações da área projetual com diversas áreas do conhecimento humano. A inovação se pode fazer presente nos serviços, nos produtos ou nos processos produtivos. Pode estar relacionada com a gestão, com o planejamento estratégico das empresas ou o planejamento dos produtos. Pode estar presente no trato com os clientes, no aprimoramento dos serviços ou na qualidade dos processos e dos produtos; também poderá ocorrer nas pesquisas ou na descoberta de invenções. As estatísticas sobre registros de patentes, de marcas e de desenhos industriais servem de parâmetros para mensurarmos que regiões, países ou nações investem mais em inovação tecnológica. As inovações, tecnológicas ou não, desencadeiam ciclos que servem para medir níveis evolutivos. A inovação está diretamente associada com a competitividade, pois algo inovador por si só já se comporta como algo competitivo e diferenciado. Buscamos inovação para rompermos com os paradigmas ultrapassados, traçados e estabelecidos pela sociedade. Inovar requer coragem, desafio, risco, insegurança, medo, investimento. Significa abandonar a posição de conforto e aventurar pelo desconforto do desconhecido. É por isso que muitos preferem permanecer sem buscar a inovação, pois não suportam a pressão daquilo que desconhecem. Mas de um jeito ou de outro a inovação vai bater à sua porta. A pior maneira de descobrir isto é quando se percebe que está ultrapassado, arcaico e sendo “engolido” pela concorrência ou por alguém mais original e criativo. Os diversos modelos teóricos da administração de nada adiantarão se o cenário para a inovação não estiver montado. Isto quer dizer que o ambiente e os agentes envolvidos nela devem estar dispostos para a mudança. Pessoas com perfis de inovadores costumam ser inconformadas por natureza; nunca descansam nem se contentam por satisfeitas. Estão sempre buscando outro modo de solucionar e de resolver seus problemas. Inovar é pensar o diferente ou aquilo que não é óbvio. Traduz-se em prever ou se antecipar às tendências e ao futuro: um futuro próximo ou talvez bem distante.

Portanto, acredito que, enquanto docentes, fizemos nossa parte! Cada módulo ministrado pelos docentes deve ter tido algum êxito de contribuição. Cabe agora aos acadêmicos realizarem uma boa prova do ENADE 2009. Boa sorte e sucesso aos selecionados!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ensino Nível Técnico Profissionalizante em Design

Algumas Instituições de Ensino optam em vez da oferta do Bacharelado em Design ou do Curso Superior Tecnológico em Design pela oferta do Curso de Design em Nível Técnico. A modalidade de Curso Técnico Profissionalizante em Design corresponde ao ensino nível médio. Normalmente, tais cursos são ofertados por Escolas, Colégios, Centros, Institutos e/ou Faculdades Profissionalizantes e equivalem, dentre as outras modalidades de ensino, a de menor carga horária na área (mínimo de 800 horas), conforme foi estipulado pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, elaborado pelo Ministério da Educação, em 2008, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. O referido catálogo fora criado para nortear e estabelecer parâmetros de ofertas de cursos em nível técnico profissionalizante nas diversas áreas do conhecimento.

No caso do Design, estes cursos costumam ser estruturados para atender a setores específicos e pontuais de demandas de uma determinada região. Alguns cursos estão preparados por módulos de aulas e outros por disciplinas tradicionais. No caso de módulos a Instituição de Ensino pode proporcionar a entrega de certificados parciais ao final de cada módulo. Geralmente duram no máximo três anos, mas alguns cursos estão formulados para se concluir em dois anos. Outros cursos se apresentam com carga horária extensa chegando a atingir mais de 3.000 horas algo muito além dos cursos de bacharelado ou tecnológicos em nível de graduação e ensino superior. A grande vantagem dessa modalidade de oferta diz respeito, quando o curso se apresenta de uma forma rápida de conclusão, pois abastece o mercado profissionalizante com maior agilidade. Entretanto, o maior problema detectado nessa modalidade de oferta diz respeito à sobreposição de função do projetista com o profissional bacharel, pois muitos dos cursos ofertados possuem algumas disciplinas ou alguns módulos projetuais. E, nesse caso, quase sempre uma baixa carga horária projetual não qualifica a contento um projetista de alto nível ou aquilo que se espera da função e da responsabilidade de projetar produtos industriais.

Segundo o próprio Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, no que tange à temática Produção Cultural e Design as possibilidades de ofertas no nível técnico ficaram assim estabelecidas:

- Técnico em Arte Circense;
- Técnico em Arte Dramática;
- Técnico em Artes Visuais;
- Técnico em Artesanato;
- Técnico em Canto;
- Técnico em Composição e Arranjo;
- Técnico em Comunicação Visual;
- Técnico em Conservação e Restauro;
- Técnico em Dança;
- Técnico em Design de Calçados;
- Técnico em Design de Embalagens;
- Técnico em Design de Interiores;
- Técnico em Design de Jóias;
- Técnico em Design de Móveis;
- Técnico em Documentação Musical;
- Técnico em Fabricação de Instrumentos Musicais;
- Técnico em Instrumento Musical;
- Técnico em Modelagem do Vestuário;
- Técnico em Multimídia;
- Técnico em Paisagismo;
- Técnico em Processos Fotográficos;
- Técnico em Produção de Áudio e Vídeo;
- Técnico em Produção de Moda;
- Técnico em Publicidade;
- Técnico em Rádio e Televisão;
- Técnico em Regência.

Após estabelecer contato próximo com alunos de cursos técnicos em Design temos observado uma sensação de “inferioridade” dos freqüentadores, pois o pouco tempo de formação e o nível de ensino técnico não o habilita a se tornar um profissional com a credibilidade, reconhecimento e notoriedade do bacharel em Design. Estabelecendo uma analogia: um técnico de enfermagem não possui as mesmas competências de um graduado em enfermagem. A formação de técnico profissionalizante em Design tem relevância, sim, mas talvez o foco de sua formação deva estar mais associado ao perfil de um profissional auxiliar em projetos em vez do profissional responsável pelos projetos. Acreditamos que o profissional técnico em Design, pertencente às equipes de projeto, deva ter o papel de executor de projetos, enquanto que o bacharel, a função de consultor ou líder das equipes.

Portanto, responsabilidades como produção de sistemas de representação, execução de modelos físicos e virtuais, simulação de testes e ensaios, conhecimento de processos de fabricação e de produção, entre outras a serem definidas por cada equipe, podem ser de domínio dos profissionais Técnicos em Design.


Para maiores pesquisas consulte:

CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12351&Itemid=717

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Algumas reflexões do ensino em Design: tendências ao generalista.

Depois que o Ministério da Educação e Cultura e o Conselho Nacional de Educação instituíram as mais novas Diretrizes Curriculares do MEC para a área de Desenho Industrial(1), atualmente, conhecida por Design, as Instituições de Ensino Superior tiveram que reformular suas grades e matrizes curriculares para se adequarem a esta nova realidade.

Isso parte do pressuposto de que o profissional graduado nesta área deverá ter uma preparação mais holística e menos específica como se configurava em outras épocas: as conhecidas ênfases em Projeto do Produto ou Programação Visual deverão sair do cenário e dar origem a uma graduação generalista. Esta configuração se dá por acreditar-se em um profissional mais dinâmico, completo, diversificado e que possa ter a capacidade de moldar-se diante das demandas do mercado. A intenção é louvável, mas possui muitas armadilhas que se apresentam principalmente diante do processo de graduação.

A analogia que estabelecemos é a seguinte: imaginemos tal estratégia ser direcionada e aplicada nas Engenharias. Atualmente, o ensino em engenharia se comporta separado por ênfases, ou seja, os cursos são ofertados a partir de especificações de subáreas: i) Engenharia Elétrica; ii) Engenharia Civil; iii) Engenharia Mecânica; iv) Engenharia Química; v) Engenharia de Produção entre outras. Será que se essa filosofia generalista fosse também aplicada às engenharias haveria perda ou ganho no ensino e na formação do profissional? Bem, deixemos o questionamento para os próprios engenheiros refletirem se isto ocorrer um dia, mas com aqueles poucos que temos mantido diálogo não percebemos boas impressões a cerca dessa suposição. Dificilmente, um engenheiro generalista estará preparado para tamanha empreitada, pois as áreas do conhecimento e suas aplicações são distintas. Certamente, segundo alguns deles, haveria comprometimentos sérios para os profissionais e para a própria área da Engenharia caso isto viesse a acontecer.

Pois bem, o mesmo raciocínio deve ser transportado para o Design. Imaginou-se em propor uma graduação generalista e, com a pós-graduação, os profissionais buscarem posteriormente as suas ênfases e especificidades. A estratégia faz sentido, porém desde que o nível e a qualidade na graduação não sejam interferidos. E o que temos visto na prática, pela experiência e em contato com as grades e matrizes curriculares generalistas dos cursos mais recentes se tem demonstrado algumas preocupações:

Primeiro: Uma formação generalista em design amplia-se demais o universo de atuação, por conseguinte, exige-se um número maior de componentes curriculares de diversas abordagens;

Segundo: Essa modalidade de formação promete uma preparação holística, mas não embasa o candidato à profissão em área alguma. O que se apresenta como uma promessa de um “poderoso” profissional, apto para qualquer situação projetual finda em uma formação básica, superficial e limitada a poucas experiências projetuais;

Terceiro: As grades e matrizes curriculares se transformam e termina pulverizada em diversas áreas de maneira bastante superficial sem se aprofundar em especialidade alguma;

Quarto: As áreas e ênfases distintas, a saber, produto, moda, gráfico e interiores possuem uma pluralidade de conhecimentos tamanha que se torna inviável uma formação em apenas quatro anos, mesmo que isso ocorra superficialmente. Supondo, por exemplo, que projeto de produto pode ser desdobrado em projeto de brinquedos, de móveis, de máquinas e implementos agrícolas, de ferramentas, de eletrodomésticos, de eletrônicos, de veículos de transporte, entre outros, e que para cada segmento existem determinadas especificidades imaginemos quando adicionadas às outras especificidades da moda, do gráfico e de interiores;

Quinto: Para se adequar a carga horária mínima de 2.400 horas, determinada pelas Diretrizes Curriculares em Design, isto significa dizer se aproximar ao máximo dela para evitarmos currículos e carga horária extensa demais, as IES são forçadas a reduzir a carga horária nos componentes curriculares. Isto acarreta em problemas didático-pedagógicos, principalmente, para os componentes projetuais e práticos;

Sexto: Ao final de sua formação o futuro profissional se gradua com a sensação de fragilidade, superficialidade, sem auto-estima, sem confiança em si mesmo e bastante receoso do que enfrentará pela frente. Temos presenciado profissionais bastante inseguros e indecisos sobre o seu futuro.

Talvez por esses e outros motivos muitas IES e cursos de Desenho Industrial/Design Industrial relutam em alterar suas grades e matrizes curriculares por perceberem que tais questões são graves e trazem implicações ao ensino projetual e à profissionalização.

______________________
(1) Sobre as Novas Diretrizes Curriculares em Design consulte:

• Parecer CNE/CES 0195/2003 aprovado em 5 de agosto de 2003, publicado no DOU de 12 de fevereiro de 2004, seção 1, pág. 14;
• Parecer CNE/CES nº 329/2004 aprovado em 11 de setembro de 2004, republicado no DOU em 13 de setembro de 2007;
• Resolução do CNE/CES nº 5, de 8 de março de 2004, publicada no DOU nº 63, Seção 1, de 1º de abril de 2004, Página 19.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Participação no 19º NDESIGN 2009


O 19º NDESIGN 2009 ocorreu na cidade de Olinda, Pernambuco, nas instalações da AESO, durante os dias 18 a 25 de julho de 2009. A temática do evento explorou o Design Social.

A minha participação e contribuição ao evento esteve relacionada com duas atividades:

a) DR (Discutindo Relações): “Áreas semelhantes que poderiam trabalhar juntas, mas que em sua maioria se estranham. O objetivo da discussão de relacionamento é colocar essas áreas numa mesa de discussão e mostrar suas semelhanças e diferenças, aplicações e como elas podem andar juntas”, GUIA DO ESCONTRISTA (2009:13).


b) Mesa Redonda: “Aqui o encontrista tem a oportunidade de expor sua opinião, debater e questionar. São grandes discussões horizontais a respeito de temas polêmicos que envolvem o Design e a Sociedade”, GUIA DO ESCONTRISTA (2009:13).

Na primeira atividade a temática da DR foi Design versus Engenharia e contou também com a participação da professora Angélica Acioly (UFPB):

“A área projetual constitui-se da Arquitetura, Engenharia e Desenho Industrial atualmente denominada por Design (interiores, moda, produto e gráfico). Por fazerem parte do campo do conhecimento projetual as três sub-áreas possuem características específicas do campo de atuação, mas estabelecem forte aproximação, dependência e cooperação. No que tange a relação entre as Engenharias, em especial, à mecânica, elétrica, eletrônica, de produção, química, civil e industrial – e o Design Industrial (Projeto do Produto) as conexões são estabelecidas pela intervenção no meio material, ou seja, a escala dimensional, o aspecto seriado de produção e a tecnologia (materiais e processos) envolvida no projeto. Recentemente, a interdisciplinaridade projetual tem sido bastante estimulada e valorizada”, (resumo fornecido à Comissão do Evento).


Na segunda atividade a temática da Mesa Redonda foi Design Social versus Assistencialismo e contou com a presença de Júlia Asche (Design Possível) e a professora Rosângela Goveia Pinto (UEPA):

A atividade de design industrial, conceitualmente, está relacionada à projetação de uma construção material das sociedades. O atendimento às necessidades individuais ou coletivas tem sido influenciado pelas leis de mercado de uma economia capitalista que se sustenta por princípios da oferta, do consumo e do poder de compra. Paradoxalmente, apenas uma pequena parcela da população tem condições de determinar ou decidir suas aquisições e escolhas materiais. Uma grande parcela da população mundial não tem acesso sequer à satisfação das necessidades básicas tais como à água potável, alimentação, ar puro, segurança, habitação, ao transporte. Será que, como projetistas, planejadores e idealizadores de uma cultura material, podemos ficar indiferentes a essa realidade?, (resumo fornecido à Comissão do Evento).

Meus sinceros agradecimentos à Comissão Organizadora do Encontro Nacional dos Estudantes de Design (CONDe) pelo convite e recepção durante as atividades.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Publicação do livro Projetando Produtos Sociais

O livro Projetando produtos sociais, uma autoria do professor e desenhista industrial Danilo Émmerson Nascimento Silva, recebeu apoio e incentivo do Centro Acadêmico do Agreste e da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Pernambuco. Em breve será publicado pela Editora Universitária da UFPE.

Resumidamente, se apresenta estruturado da seguinte maneira:

O Capítulo 1, Antecedentes para uma consciência social, o autor descreve de maneira sucinta seu retrospecto com experiências, fatos e relatos sociais, que de alguma maneira, estabeleceram conexões com sua vida pessoal e profissional.

No Capítulo 2, A historicidade das inserções sócio-projetuais, o autor resgata abordagens projetuais históricas e cronológicas do passado, do presente e de tendências futuras cujos desdobramentos implicam, direta ou indiretamente, em contribuições para a sociedade.

O Capítulo 3, Definições, conceituações e reflexões sobre aspectos sociais, aborda reflexões do autor e citações de outrem sobre as temáticas e áreas de inserção social e sua convergência com o consumismo e o materialismo.

No Capítulo 4, Tipos de necessidades: sociais, espirituais e materiais, o autor reflete a cerca das necessidades, vontades, desejos e aspirações humanas e suas estreitas relações com a produção da cultura material.

O Capítulo 5, Abordagens projetuais com cunho social, descreve experiências projetuais individuais e coletivas do autor com acadêmicos, por exemplo, apontando possibilidades de áreas a serem exploradas pela academia e pelos setores produtivos visando causas éticas como a causa social.

No Capítulo 6, Projeto de produto: uma descrição de experiências metodológicas durante o componente curricular com ênfase no social, o autor descreve os procedimentos metodológicos construídos durante sua vida acadêmico-profissional finalizando com contribuições para a melhoria do ato de ensino e aprendizagem na área projetual e nos cursos de Design e de Desenho Industrial do país.
Na Conclusão, finalizamos a linha de pensamento sugerindo, provocando e alertando a todos os interessados pela necessidade da incessante jornada para a construção de um mundo mais justo e igualitário materialmente dito.


“[...] O livro do Professor Danilo Émmerson traz de modo claro, seu posicionamento político em favor de um Design que cumpra sua função social, e seja capaz de contribuir para uma melhor qualidade de vida de milhões de pessoas, quer seja em termo de conforto, de acessibilidade, de novos materiais ou ainda de atendimento às necessidades específicas destes grupos em suas atividades quotidianas. Com esta preocupação científica forte, muito visível em seu trabalho, construiu toda a sua narrativa acadêmica, que tem como resultado neste momento, este importante livro. Certamente este será uma obra de referência a ser consultada por professores e muito especialmente por estudantes de Design em todo o país, interessados em projetos de produtos com ênfase social [...]”.
Allene Lage
Doutora em Sociologia
Professora da Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste





“[...] Entre esses dois extremos encontra-se uma parcela da humanidade que, mesmo sem ser homogênea, terá o poder de contribuir para minimizar tanta disparidade. Nesse grupo estão pessoas como Prof. Danilo Émmerson que, com sensibilidade e empatia se valem do recurso do conhecimento para idealizar e propor um ambiente mais justo e harmonioso. Danilo apresenta neste livro exemplos de outra relação entre o ser humano e a cultura material: os projetos de produtos sociais, que bem poderiam ser situados num campo novo denominado Desenho industriossocial [...].”

Ligia Sampaio de Medeiros / Luiz Vidal Gomes


*Maiores informações para aquisição do livro, por favor, entrar em contato via e-mail danilo.emmerson@gmail.com