sábado, 27 de abril de 2013

E se a EaD chegasse aos cursos de Design e de Desenho Industrial no Brasil?

O título dessa matéria visa abrir uma pauta de reflexão sobre o Ensino à Distância ofertado na área projetual, nesse caso, o Design e o Desenho Industrial. Na verdade, esta pergunta deverá ser refeita, pois a EaD já chegou à área projetual, sim! Na praça já existem várias ofertas de cursos EaD na área de Design. Instituições de ensino e de qualificação profissional perceberam que essa modalidade de cursos já é uma realidade com grande probabilidade de procura e, portanto, existe uma demanda reprimida com forte possibilidade de clientela. Bom, primeiro gostaria de esclarecer que não tenho nenhum tipo de preconceito para com esta modalidade de ensino. Pelo contrário, as novas tecnologias advindas de áreas como a cibernética, a eletrônica, a informática e a computação fazem parte da sociedade pós-industrial que se iniciou, basicamente, durante o início da segunda metade do século XX. Os avanços e as inovações provenientes delas alteraram os hábitos e os comportamentos sociais em, praticamente, todas as áreas do conhecimento. E não poderia ser diferente também na área da educação. Por exemplo, na época em que cursei a graduação, entre 1989 a 1993, quase não tive acesso aos recursos tecnológicos computacionais uma vez que, nesse período, as universidades públicas estavam recentemente se estruturando para essa revolução tecnológica. Desde então, até os dias atuais, não tenho parado de buscar atualizações e reciclagens nesse campo, pois tenho plena clareza do quanto são importantes na área projetual. Entretanto, quanto ao ensino EaD, as instituições além de perceberem essa importância tentam se encaixar nas diretrizes do Ministério da Educação e Cultura (MEC) as quais permite, instrui e legalizou essa nova modalidade de ensino. Um país com essa dimensão continental como é o caso do Brasil, com as diversidades geográficas, econômicas e sociais presentes deve, sim, usar os recursos existentes das tecnologias de informação e comunicação (TICs). O MEC tenta acompanhar a transformação sofrida pela sociedade proporcionando a institucionalização do ensino de qualidade. Por exemplo, desde a década de 1990, percebeu-se que com as transformações rápidas da sociedade impostas pelas novas tecnologias e pela globalização, somente a modalidade presencial tradicional dos bacharelados e licenciaturas não atenderia mais às novas necessidades e anseios sociais. Por esse motivo, cursos longos superiores de quatro ou cinco anos passaram, e continuam passando, por mudanças nas suas grades e perfis curriculares para se tornarem mais “enxutos”. Tem havido uma redução considerável no total da carga horária das graduações. Parece haver uma forte tendência pela permanência menor dos estudantes em sala de aula. Também tem havido um estímulo muito forte com outras formas de aprendizagem para além da sala de aula como verificado em estágios, participação de projetos de pesquisa e de extensão, organização de eventos, publicações, outras experiências acadêmicas etc. Do mesmo modo, na mesma linha de raciocínio surgiram os cursos EaD ou semipresenciais e os cursos superiores tecnológicos presenciais, ambos, sintonizados com essas necessidades de rápidas e velozes transformações sócio-educacionais. No entanto, todos passam pelo aval do MEC. Existem normas a serem seguidas visando questões que primam, principalmente, pelo ensino de qualidade. Cabe aos interessados pesquisarem bastante sobre os melhores cursos e as melhores instituições reconhecidas para que independentemente da modalidade escolhida a cursar se garanta uma preparação educacional e profissional de qualidade. A única ressalva que levanto quanto à redução da carga horária dos cursos, cada vez maior, e verificada na preparação de futuros profissionais pode comprometer, sim, esse nível de qualidade exigida pelas áreas para prestarem seus serviços profissionais à sociedade civil. Parto da analogia básica e grosseira que tudo na vida exige um determinado tempo, uma dedicação, uma maturação e uma evolução lenta e gradual para que os eventos, os fenômenos e as respostas esperadas aconteçam efetivamente. Inúmeros exemplos no dia-a-dia nos mostram que cada vez que interrompemos os processos, reduzimos ou “atropelamos” etapas, aceleramos ou nos precipitamos com algo em função da exigência determinada pela urgência, pela pressa ou outra causa qualquer, normalmente, podemos influenciar e comprometer os resultados esperados. Quanto mais fazemos ou praticamos algo ganhamos segurança, habilidade e competências diversas e, isto, exige paciência, tempo, persistência, portanto, bastante envolvimento. Projetar produtos físicos ou virtuais é assim. Ainda que haja um forte planejamento e acompanhamento institucional o nível de complexidade dos eventos permanece o mesmo se é que não ganharam em aumento de complexidade. Existem fenômenos na área projetual que a tecnologia, por si só, não surte efeitos. Para, além disso, temos clareza que a grande quantidade de estudantes que buscam uma profissão por intermédio da escolha do estudo e por causa da tenra idade, ainda possui dificuldades para conduzirem processos formativos e educacionais com pouco acompanhamento presencial. O discurso da maior autonomia ser importante ao processo formativo e de aprendizagem é válido, mas em que condições ou níveis? Se isso se constata em muitos casos na pós-graduação, imaginemos na graduação, ou nos níveis iniciais do ensino. Reduzir tempo de ensino e de preparação educacional significa também ter que atender a todos os fenômenos simples e complexos com a mesma qualidade exigida de sempre. Encontrar a “medida” adequada para atender a este processo é uma dificuldade que os agentes envolvidos na Educação devem conduzir com enorme seriedade e profundidade. O reflexo disso pode ser a disponibilização da grande quantidade de profissionais ao mercado com déficits de profissionalização e de competência necessários.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pedido de desculpas pela baixa quantidade de matérias em 2012

Prezados seguidores e demais internautas! Venho, em público, pedir desculpas pela minha ausência durante o ano de 2012 quanto à pequena quantidade de edição e postagem de matérias no meu blog. Isso ocorreu devido ao fato de ter sido um ano com muitas atividades relacionadas ao Doutorado e outras de cunho profissional. No entanto, algo que consumiu bastante meu tempo neste ano que findou não ocorrerá mais durante o ano de 2013: os créditos com as disciplinas do Doutoramento exigindo bastante envolvimento, pesquisas e produção textual se encerraram com o ano de 2012. Terei a possibilidade de voltar a publicar novas e interessantes matérias no blog para vocês! Tenham um Feliz Ano Novo repleto de saúde, paz, conquistas e todas as coisas boas que desejamos e merecemos para sermos felizes!! Até breve!!!!!